As empresas já perceberam que precisam de arranjar novas formas de atrair os consumidores.
É esse o grande desafio para 2017: explorar e encontrar novas formas e mais criativas de atrair a atenção. No centro da estratégia estarão sempre os conteúdos, que exigirão mais empenho por parte das equipas de marketing, mas que ao mesmo tempo serão mais compensadores.
Para ajudar a pensar nas estratégias a seguir, reunimos as principais tendências que vão marcar o marketing digital em 2017.
Native Advertising
O Native Advertising é uma forma de distribuição de conteúdo, paga, e espera-se que, no próximo ano, se expanda por várias plataformas online (inclusive por marcas que anteriormente optaram por não utilizar este método de publicidade). A grande vantagem do native advertising é que não interrompe a experiência de utilizador, ou seja, o anúncio, post ou artigo mistura-se com o resto do ambiente. O conteúdo é, geralmente, útil, interessante e direcionado para um público-alvo específico. Uma das empresas que já utiliza o native advertising nas suas estratégias de marketing é a Forbes. Por exemplo, na Forbes BrandVoice é incluído conteúdo patrocinado, de marcas como a IBM ou CapitalOne, que se enquadre na publicação.
Content Marketing
Ao contrário do Native Advertising, o Content Marketing é uma forma não paga de distribuir informações relevantes, com o objetivo de atrair um determinado público-alvo. Em 2017, espera-se que a forma como as empresas utilizam o content marketing evolua para algo muito mais estratégico, sustentável, mensurável e eficaz.
A Rolex, a Nike ou a Coca-Cola são exemplos de marcas que apostam em Content Marketing, para potenciar a relação com os consumidores.
Influenciadores
Os influenciadores, tal como o nome indica, dão às marcas a possibilidade de influenciar as opiniões e decisões de compra dos seus seguidores. Geralmente são celebridades, que os consumidores já seguem e confiam. É, por isso, que se estão a tornar, muito rapidamente, numa das formas mais eficazes de alcançar potenciais clientes, especialmente nas redes sociais.
Vídeos e vídeos em direto
Ao longo dos anos, o vídeo tornou-se uma forma popular de envolver os consumidores, na medida em que permite criar uma ligação com o utilizador e transmitir uma mensagem que, na maior parte das vezes, é mais facilmente recordada do que as palavras, estáticas. O vídeo em direto é uma das mais recentes formas de atrair os consumidores. Em 2016, ferramentas como o Periscope ou o Facebook Live mudaram a forma como contamos e partilhamos histórias. Em abril, mais de 800.000 pessoas viram em direto dois empregados do BuzzFeed a tentar fazer explodir uma melancia com elásticos.
2017 será o ano do boom do vídeo em direto, uma vez que cada vez mais marcas e pessoas irão utilizá-lo nas suas estratégias de marketing.Chatbots
Graças aos avanços na inteligência artificial e na programação foi possível criar chatbots, ou seja, softwares criados para simular uma conversa inteligente (respondendo às perguntas dos consumidores, a qualquer hora do dia), sem ser necessário a presença de um ser humano. Permitem melhorar a experiência do consumidor e prestar um bom serviço de apoio ao cliente.
Por exemplo, a Lufthansa criou um chatbot, através do Facebook Messenger, que ajuda a encontrar voos mais baratos (basta procurar por Lufthansa Best Price). Em 2017, os chatbots devem melhorar significativamente (por vezes têm dificuldades em perceber as perguntas) e ser utilizados de novas formas.
Conteúdo personalizado
Tendo em conta a quantidade de informação com que todos os dias somos confrontados, as pessoas tornaram-se mais resistentes à publicidade. É, por isso, que é cada vez mais importante criar conteúdos relevantes e personalizados. Por exemplo, acompanhar os hábitos e interesses dos consumidores pode ser fundamental para os levar a comprar um produto ou serviço. Como tal, 2017 será, provavelmente, o ano em que se produzirá mais conteúdo personalizado, de acordo com as necessidades de um público em particular e com a ocasião.
Automatização do marketing
A automatização do marketing faz exatamente aquilo que o nome indica e está a crescer a olhos vistos: 71% das empresas já estão a utilizar softwares de automatização e mensagens consoante o perfil dos clientes ou potenciais clientes. Através de determinadas plataformas, como o Marketo e o Hubspot, é possível colocar tarefas repetitivas em piloto automático, poupando tempo e recursos.
Realidade Aumentada
Depois do sucesso que o Pokémon Go teve, é expectável ver-se cada vez mais marcas a apostarem em jogos, anúncios e aplicações em realidade aumentada, para se envolverem com os seus consumidores.
A Rewind Cities Lisbon é uma aplicação portuguesa que, através da realidade aumentada, permite viajar no tempo e na história de Lisboa.
A IKEA também tem um catálogo em realidade aumentada, que permite que os consumidores vejam como é que certos móveis ficam nas suas casas.
Conteúdos com prazo de validade
Em futuras campanhas de marketing digital pode ser necessário acompanhar a tendência criada pelo Snapchat e, mais tarde, adotada pelo Instagram: fazer os conteúdos expirar. O que acontece é que o elemento urgência corta o ruído online, permitindo captar a atenção do utilizador. Por exemplo, a propósito do lançamento do filme “Missão Impossível: Nação Secreta”, os fãs eram desafiados no Snapchat a cumprir uma missão no prazo de 24 horas. Pouco tempo depois a mensagem era apagada. A campanha rendeu 65 milhões de impressões em todas as redes sociais.
Imagem por Andreia Dias
