Google AMP: Mais conversões, menos taxa de rejeição

Google AMP: Mais conversões, menos taxa de rejeição

É profissional de Marketing Digital ou um entusiasta desta área? Então, certamente já se terá deparado com a importância de otimizar a experiência dos utilizadores nos websites. E qual é um dos fatores fundamentais? Aumentar a velocidade de carregamento das páginas em mobile. Assim, não só leva menos pessoas a desistir de entrar no seu website, como também melhora o posicionamento nos motores de pesquisa. Como fazê-lo? A resposta pode estar nas Google AMP, sigla para Accelerated Mobile Page − páginas aceleradas para dispositivos móveis.

Mas será que os utilizadores se importam com a velocidade de carregamento das páginas web? Sim, é um dos fatores mais críticos e cerca de 53% dos visitantes abandonam um website que leve mais de três segundos para carregar, segundo um estudo feito pela Think With Google. Além disso, 43% das pessoas questionadas neste estudo afirmam que o  carregamento demorado das páginas é a maior frustração ao navegar na Internet quando utilizam os dispositivos móveis.

Vamos saber mais sobre as Google AMP? Acompanhe-nos.

O que são as Google AMP?

As Google AMP é um projeto de código aberto desenvolvido para ajudar os especialistas a criar páginas otimizadas para dispositivos móveis, que sejam acedidas automaticamente ao fazer uma pesquisa. O principal objetivo deste projeto visa melhorar o desempenho das páginas web, mostrando em menos de um segundo conteúdos com vídeos, animações ou gráficos.

Mas como funciona esta Google AMP? Basicamente, estas páginas são apoiadas em programação HTML, mas possuem elementos diferenciadores. Têm uma arquitetura que prioriza a velocidade de carregamento, por exemplo, em detrimento de outros fatores. Desta forma, apresentam configurações distintas, desde logo porque:

  • Exigem um código de HTML diferente, sobretudo utilizando tags específicas para AMP;
  • É necessário assegurar a renderização rápida das páginas, através do AMP Javascript;
  • É possível melhorar o desempenho das páginas AMP automaticamente, usando o Google AMP Cache (este é um elemento opcional).

Como identificar uma página AMP no Google Search?

Mas como perceber se uma página é AMP no Google? Primeiro, tem de saber que todas as páginas Google AMP estão marcadas com a sua sigla. Portanto, ao clicar num resultado no motor de pesquisa que tenha opção AMP, esta versão carrega quase instantaneamente. Quer ver um exemplo?

Conseguiu identificar as páginas AMP ou apenas se focou na notícia sobre o Cristiano Ronaldo? Esperemos que as duas coisas. 

Continuando, as páginas AMP estão sempre marcadas com uma espécie de “trovão”, simbolizando a sua rapidez. Vamos ver?

Identificação das páginas Google AMP
Identificação do símbolo das páginas AMP nos motores de pesquisa.

No entanto, não é a única forma de identificar uma Google AMP. Estas páginas também estão sempre marcadas no URL, essencialmente porque são segundas versões das páginas originais. Assim, é possível distinguir o seu desempenho de forma isolada em relatórios no Google Analytics. Vamos ver mais um exemplo?

Identificação do URL das páginas AMP nos motores de pesquisa
Identificação do URL das páginas AMP nos motores de pesquisa.

Neste caso, é mais fácil perceber que é uma página AMP pelo URL. Então, mas se esta é uma segunda versão da página original, não é penalizador em termos de SEO? Estava a pensar nisto, não estava? É certo que estas páginas poderiam levantar problemas no Google devido a uma técnica negativa de SEO: o conteúdo duplicado.

Porém, existem formas eficazes de ultrapassar este problema. Como? Para isso, basta incluir um canonical tag, indicando ao Google qual é a versão original do conteúdo. Como fazê-lo? Coloque o seguinte código na programação da página original:

<link rel=”amphtml” href=”URL da página AMP”>

Desta forma, o Google percebe que esta é uma segunda versão feita, exclusivamente, para dispositivos móveis e não penaliza o website em termos de SEO.

As vantagens das páginas Google AMP

Agora, já percebeu o que é uma Google AMP e como identificá-la numa pesquisa? Não é difícil, pois não? Contudo, existe uma pergunta pertinente: qual a importância e as vantagens concretas destas páginas?

A sua importância reflete-se, desde logo, porque a taxa de penetração dos smartphones (e consequente utilização de Internet móvel) no mundo é cada vez maior. Afinal, andam connosco para todo o lado e destronaram os computadores pessoais como dispositivo preferido para o consumo de conteúdos. Em Portugal, segundo dados de 2018, cerca de 7 milhões de pessoas tinha um telefone inteligente.

Por isso, a Google levantou a bandeira do “mobile first” e lançou o projeto das Google AMP com o repto de tornar as páginas mais rápidas. Ao mesmo tempo, esta ferramenta permite que as empresas consigam mais monetização. 

Sendo assim, para quem são estas páginas mais apetecíveis? Portais de notícias, blogs e landing pages surgem logo à cabeça como principais beneficiadas das Google AMP. Porquê? 

  • Menor taxa de rejeição
  • Maior taxa de retenção
  • Maior de retorno de utilizadores
  • Aumento do CTR 
  • Mais conversões.

Aliás, se pretende vender um produto ou serviço online, uma landing page com versão AMP é quase obrigatória.Os estudos apontam sobretudo duas razões:

Conversão

Um atraso de um segundo para carregar um website pode resultar numa perda de 7% nas conversões, de acordo com a Kinsta.

Receita

Um atraso de um segundo para carregar uma página pode resultar em menos 2,1% de compras realizadas online, segundo a Search Engine Land.

Vamos ver um exemplo de sucesso? A Merchology, uma empresa de vestuário em Minneapolis, nos Estados Unidos, conseguiu ganhos relevantes com a introdução de páginas AMP. Numa fase inicial, a velocidade registou uma diferença de 286%, houve menos 4,8% de taxa de rejeição e um aumento de 39% na taxa de conversão. 

Números apetecíveis para qualquer empresa, certo? As páginas AMP são indiscutivelmente um fator diferenciador em mobile. Captar a atenção dos utilizadores é cada vez mais difícil, sobretudo porque se procuram resultados rapidamente. Assim, é fulcral as empresas começarem a olhar para estas soluções com outros olhos.

Além disso, os conteúdos são a forma mais fácil de fazer um utilizador voltar ao nosso website. Exemplo disso é o Washington Post, que devido à Google AMP conseguiu que 23% dos utilizadores que entraram via AMP voltassem ao seu website. Vamos fazer o mesmo com o blog da sua empresa?

Pretende atrair mais utilizadores e conquistar mais conversões com os seus conteúdos?

Bruno Santos
Conheça o autor / Bruno Santos

Produtor e gestor de conteúdos da Webtexto.