No Comteúdo, já falámos de Content Marketing e de inbound marketing mas uma questão que fica na mente de quem começa a lidar com estes termos é: afinal qual é a diferença entre um e outro? Numa comparação inbound marketing versus content marketing acabam por ser duas estratégias de marketing distintas? São sinónimos? O inbound marketing faz parte do content marketing? Ou, ao contrário, o content marketing faz parte do inbound marketing?
Definições de inbound e de Content Marketing
Numa definição genérica, inbound marketing é uma estratégia de marketing que tenta atrair e envolver uma audiência através do uso de diversas ferramentas, incluindo a produção de conteúdos. Com isso, é possível criar uma relação de confiança com potenciais clientes, transformá-los em clientes e até em promotores. Ou seja, funciona como um íman em contraponto com a “técnica do megafone” do chamado outbound marketing.
Já content marketing é definido como “uma técnica de marketing que consiste em criar e distribuir conteúdos úteis, relevantes e fiáveis para atrair e conquistar uma audiência claramente definida – com o objetivo de levar o cliente a agir de uma forma lucrativa”, isto segundo a definição do Content Marketing Institute. Para esse efeito, procura que o potencial cliente se interesse por conteúdos temáticos distribuídos através de redes sociais, blogues, sites, vídeos, seminários web, apresentações, infografias, podcasts, publicações editoriais, entre outros.
Quais serão então as diferenças, visto que têm o mesmo objetivo: atrair o cliente para um produto ou serviço de uma empresa? A dúvida surge mesmo entre os profissionais da área: muitos pensam que são sinónimos.
Content Marketing faz farte do inbound marketing
A aceção mais comum é que o content marketing é um dos instrumentos essenciais de uma estratégia global de inbound marketing. Pelo menos, assim o confirma um inquérito feito pela agência de inbound marketing Hubspot a 3.500 profissionais das áreas de vendas e marketing, em que 60% dos inquiridos concordam com esta definição.
Joe Chernov, apontado como Content Marketer do ano em 2012, explica que “a iniciativa de inbound deve ter um conjunto de instrumentos – que inclui os ativos na área de conteúdos, mas não se deve limitar a estes”. E dá exemplos de outras ferramentas, como o SEO técnico, os testes grátis de produtos/serviços ou ferramentas interativas. O que é confirmado por Mike Lieberman, especialista em inbound marketing: “O inbound marketing dá um contexto para a tomada de decisões sobre esses conteúdos.”
Inbound marketing faz parte do Content Marketing
Outro entendimento tem Joe Pulizzi, fundador do Content Marketing Institute. Para o especialista, o inbound marketing é apenas um estágio inicial do content marketing, que visa colocar o potencial cliente em contacto com a empresa. Depois disso, há todo um processo de que visa alimentar a relação entre o cliente e a empresa e isso exige a produção de conteúdos. E deixa a seguinte questão: “Apesar de o inbound marketing (em oposição a outbound marketing) e a descoberta online serem decisivos, o que se faz com a história depois de esta ser encontrada? Se o content marketing fosse um campo de futebol, o inbound marketing não passaria da linha do meio campo. Decisivo, sem dúvida, mas difícil de marcar a essa distância”.
Segundo Pulizzi, “o content marketing deve incluir planeamento estratégico, criação de conteúdo, distribuição e métricas para várias fases do ciclo de compra e para uma diversidade de clientes-tipo”. E acrescenta: “Do meu ponto de vista isso significa que uma estratégia completa de content marketing tem de incorporar princípios de inbound marketing.”
Não havendo para já um consenso, o que há é a ideia clara de que inbound marketing e content marketing trabalham no mesmo sentido: usar a técnica da atração para ganhar clientes e manter uma relação de confiança.
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