Quando precisamos de escolher um produto ou um serviço, a verdade é que acreditamos mais na palavra de um amigo ou de alguém em quem confiamos do que nas próprias marcas. A estas pessoas chamamos influencers.

Têm a capacidade de influenciar as nossas opiniões e decisões de compra, quer seja pela sua autoridade, conhecimento, posição ou pela relação que têm connosco, como as celebridades ou os líderes de opinião.

Não é um fenómeno novo, uma vez que sempre existiram em todas as áreas pessoas capazes de influenciar. No entanto, devido ao desenvolvimento das tecnologias e à crescente utilização das redes sociais, os influencers têm feito cada vez mais parte das estratégias de marketing das empresas.

Foi o que fez a Mitosyl, marca de produtos para bebé, quando escolheu Vasco Palmeirim para ser parceiro da marca. Pai há pouco tempo, o apresentador e locutor tem cerca de 204.000 seguidores no Facebook e, através de crónicas (“Ai Mãe Que Vou Ser Pai”) e de imagens da Mitosyl que publica na sua própria página, ajudou a marca a chegar a um universo muito alargado de pessoas.

Mas os influencers não se limitam a atrair seguidores, podem ajudar ainda a lançar um produto ou serviço ou até mesmo uma marca e também a promover uma campanha ou um evento. E fazem-no através dos seus blogs ou websites, dos media tradicionais (jornais e revistas), de emails ou através da participação em eventos.

Como escolher o influencer ideal para um negócio?

Nem todos os influencers se adequam à nossa marca ou à nossa estratégia de marketing. É preciso saber identificar aqueles que, pelos seus valores e estilo, se adaptam melhor ao nosso negócio e que, consequentemente, nos podem ajudar a alcançar os nossos objetivos.

A tendência é olharmos para a pessoa que tem um maior número de seguidores, mas isso só por si não é suficiente: se alguém não tem experiência e credibilidade para se relacionar com o público-alvo, nunca será uma boa escolha. Foi a pensar nisto que a Forbes criou a seguinte fórmula:

Influência = dimensão da audiência (número de seguidores) x afinidade com a marca (conhecimento e credibilidade) x poder de ligação com os seguidores

Resumindo, antes de se escolher um influencer devemos ter em conta os seguintes aspetos:

• A sua capacidade para gerar opiniões e reações nos outros utilizadores, quando fala sobre um determinado tema;
• O seu público, que deve ser avaliado não só pela quantidade, mas também pela qualidade;
• O seu nível de participação numa conversa sobre um tema específico.

Ferramentas para ajudar a encontrar influencers

Se para algumas empresas pode ser fácil saber quem são os seus influencers, para outras é mais difícil identificá-los. Há, por isso, uma série de ferramentas que ajudam a encontrar os influencers mais importantes numa determinada área e o seu nível de influência nas redes sociais:

• Klout: esta plataforma tem como objetivo saber qual a influência de uma determinada pessoa nas redes sociais e quais os temas em que é influente.
• BuzzSumo: é uma das ferramentas mais populares para encontrar influencers, porque é fácil de usar.
• Followerwonk: é uma boa ferramenta para encontrar utilizadores do Twitter relacionados com um determinado negócio.
• Redes Sociais: permitem ver o número de seguidores que alguém tem, assim como o nível de envolvimento nas redes sociais. É importante ver não só o número de likes e comentários na página do utilizador, mas também o tipo de conversação que este está a ter.
• Motores de Busca: se está à procura de influencers na indústria de viagens, por exemplo, uma opção é ir ao Google e escrever “blogs de viagens” e basta ver quais são os blogs que aparecem em primeiro lugar.

Que tipos de influencers existem?

Pelo seu perfil, pela sua carreira profissional ou pela forma como comunicam, podem ser identificados vários tipos de influencers.

• Celebridades: são atores, artistas, desportistas que aproveitam a sua grande comunidade nas redes sociais para serem o porta-voz de uma determinada marca, como por exemplo Cristiano Ronaldo.
• Líderes de opinião: são uma espécie de “vendedores ambulantes” que recomendam produtos ou serviços (porque gostaram) sem a marca ter pedido.
• Bloggers: a sua opinião tem um grande peso, mas não são líderes de opinião. Quando têm alguma relevância no mercado e um grande número de seguidores, as marcas pagam-lhes para fazerem publicidade aos seus produtos ou serviços, como é o caso da “Pipoca Mais Doce”.
• Exploradores: procuram as últimas tendências na Internet e se encontram uma marca que lhes interessa, partilham a sua opinião sobre ela diretamente nas redes sociais.
• Consumidores: experimentam produtos e serviços novos e dão a sua opinião nas redes sociais.
• Repórteres: são aqueles que estão constantemente a informar a sua comunidade sobre as novidades de uma marca.

Imagem por Andreia Dias com recurso a Freepik