Imagine que quer ir ao website da sua loja favorita fazer compras. Chega à página e não consegue encontrar nada do que quer: nem produtos, nem descrições, nem como comprar. Ou pense num filme que gostaria muito de ver, até descobrir que é coreano e que não tem legendas. É isto que acontece quando não existe acessibilidade digital no Marketing.
Perante isto, qual seria a sua solução? Provavelmente iria a outra loja e escolheria outro filme. Seria, então, uma oportunidade perdida de criar uma relação com um cliente e, pelo menos, de fazer uma venda.
O que é a acessibilidade digital?
Acessibilidade digital é tornar um conteúdo digital (seja ele website, artigo, vídeo ou imagem) acessível a qualquer pessoa. Ou seja, incluir diretrizes e boas práticas que permitam que as pessoas com algum tipo de deficiência física – visual, motora ou auditiva – ou cognitiva possam compreender e aceder a esse conteúdo.
Em Portugal, embora os números não sejam rigorosos, estima-se que existam “cerca de 35 mil cegos e quase 590 mil pessoas com perda parcial de visão” e mais de 84.000 deficientes auditivos. No mundo inteiro são, portanto, milhões de pessoas. Ora, mais do que motivo para a organização World Wide Web Consortium reunir as diretrizes de acessibilidade que os websites devem seguir.
Atualmente, nos tempos que vivemos, com o digital e o e-commerce a terem uma relevância enorme nas nossas vidas, este é um universo considerável de possíveis clientes aos quais a sua marca fica impedida de alcançar se não apostar na acessibilidade no Marketing Digital.
Além disso, esta prática traz vantagens em termos de SEO e de Content Marketing, aumentando o potencial do seu negócio no geral. Afinal, um dos indicadores a que o Google dá valor para beneficiar o posicionamento de conteúdos no seu motor de pesquisa é, justamente, a acessibilidade digital.
Acessibilidade e inclusão digital no Marketing
A acessibilidade vem em sequência da inclusão digital. Uma vez que esta última é uma abordagem que pretende permitir que todas as pessoas possam beneficiar das vantagens da tecnologia, a acessibilidade digital é fundamental para que esta premissa se cumpra.
No entanto, quando falamos de acessibilidade digital numa estratégia de Marketing, não nos podemos esquecer de outro tipo de inclusão: a representatividade e diversidade. Dessa forma, pretende-se que as marcas vão mais além, criando oportunidades para que todo o leque de clientes se sinta representado, oferecendo trabalho, lançando produtos adaptados e pensando em campanhas inclusivas.
Dicas e boas práticas de acessibilidade digital
Então de que forma podemos tornar o nosso site acessível?
Quando criamos conteúdos, é importante considerar todas as pessoas: as que têm problemas de dislexia, as que por alguma condição motora têm dificuldades com o rato ou as que necessitam de tecnologia assistida, como aplicações de leitura. E, claro, lembrar-nos dos diferentes formatos e canais. A plataforma MailChimp, por exemplo, identifica um conjunto das melhores práticas de acessibilidade digital em Email Marketing.
Assim, no geral, alguns dos elementos a que devemos estar atentos e que podemos adaptar para uma melhor acessibilidade digital são:
Imagens
Vídeo
Texto
Se já costuma incluir algumas destas boas práticas de acessibilidade digital na sua página de Internet, mas tem dúvidas sobre se poderia melhorar, consulte a plataforma de análise de acessibilidade na web do Governo português.
Em conclusão, não é muito complicado sermos promotores de mais acessibilidade no Marketing. Precisamos apenas de alguns ajustes que criam empatia, identificação e inclusão. Assim, nenhuma parte da nossa audiência fica para trás.